Talvez você não saiba (a maioria não sabe) mas o Nintendo 64, é uma PUTA MÁQUINA, na verdade, o console só teve 2 grandes erros de projeto (que falarei mais adiante), mas na verdade, em sua época, ele era basicamente um mini servidor/estação gráfica, tal como o Xbox 360 e o Playstation 3 eram, com seus processadores de mainframe.
O Nintendo 64, começou a ser desenvolvido na época que a Nintendo tinha batido com o pipi na mesa da Sony, aquela velha história de como nasceu o Playstation, porem, a Nintendo sempre foi uma grandessíssima FILHA DA PULTA, com executivos egocêntricos, soberbos, que se acham o dono do mundo, o acessório que lia cds do snes, virou um console da sony, exatamente por esta razão. Nesta altura do post, parece não fazer muito sentido eu explicar o egocentrismo da big N, mas um pouco mais frente, vai ser importante.
O ano era 1993 quando o a Nintendo começou a projetar o console. O N64 foi projetado com a ideia de ser um console poderoso, dedicado 100% a gráficos tridimensionais, essa era uma ideia inovadora no inicio dos anos 90, mas devemos lembrar que naquela época, ninguém tinha feito muito uso comercial disso, a tecnologia gráfica 3D era algo limitada a estações de produção da Pixar, arquitetura, e efeitos especiais em Hollywood. Ainda não existia Nvidia, a ATI só fabricava placas 2D, e a 3Dfx nem havia sido lançada, e o único console que tentava rodar alguma coisa em 3D era o caríssimo 3DO, que desde o inicio, já dava sinais de que iria fracassar. A ideia da Nintendo, era fazer parceria com uma empresa que fabricava esses servidores e mainframes dedicados a trabalho gráfico. Nesta época, a Silicon Graphic, havia brilhado com seu trabalho em Jurassic Park, naquela época, ela fazia computadores inteiros usando seus próprios chips, eram uma coisa de outro mundo (e com um preço astronômico), imagine uma grande empresa fabricar hoje uma maquina que use um processador próprio, inovador, que tem potencia 10x mais rápido que o mais recente Core i9! Era algo fodástico, que a maioria de nós, meros mortais, só víamos em artigos de revistas de informática.
A Nintendo se uniu com a Silicon para produzir a "placa de video" do Nintendo 64, chamada de RSP (Reality Signal Processor), e a Silicon não fez feio não, muito pelo contrário: Fez uma versão reduzida da "placa de video" de seus computadores, muito potente para época, e com as mais modernas tecnologias que haviam até aquele momento.
Se você comparar um N64 com um PS1, você vai perceber que o 64 tem uma qualidade de imagem melhor, isso porquê o PS1 não foi inicialmente projetado para ser um console dedicado a gráficos tridimensionais, usava tecnologia mais antiga, e foi projetado para ter um baixíssimo custo de produção (não que o 64 não tivesse sido projetado para ter um baixíssimo custo de produção também), mas o N64 tinha alguns truques na manga, como um zbuffer, maior velocidade de processamento de polígonos, filtragem de textura via hardware, e ele era SIM mais potente que o PS1.
Para casar legal com o chip gráfico do 64, a Nintendo não foi nada modesta ao escolher um MIPS VR4300 fabricado pela NEC. Nos dias de hoje, a gente olha esse nome e pensa "grande bosta, um processador de calculadora", mas até então, a tecnologia MIPS era muito utilizada em SERVIDORES e tinha um desempenho fodástico na época. O VR4300 fabricado pela NEC, era uma versão "de custo baixo custo" do processador de servidores R4300i RISC de 64 bits, e rodava a 93Mhz (O recém lançado Intel Pentium daquela época, rodavam na média de 75 a 90mhz), o processador era comparável aos até então atuais 486 de mesmo clock, e em varias ocasiões, eram até mais rápidos! nada mal para um console! Aliás, esse processador rendeu o titulo de console mais poderoso dessa geração.
Não, não sou fanboy, e provo que ele era realmente o mais poderoso: Os processadores do Saturn eram dois Hitachi SH2 rodando a míseros 28MHz, enquanto que o Playstation tinha um R3051 que rodava a 33MHz, ambos de apenas 32 bits. Para facilitar a compreensão, vamos colocar que os processadores do Saturn e PS1, eram tipo o 386.
Mas se ele tinha uma vga e um processadores tops, ele pecava em dois requisitos: Memória ram e mídia. No quesito de memória ram, ele tinha 4.5MB de memória (4mb de ram tradicional, 0.5mb para o video), que era o suficiente para um console daquela época (e muito mais que o dobro da dos concorrentes), a ram trabalhava em UMA, que explicando de forma simples, é tipo "usar uma única memória para tudo da placa mãe", isso era parte dos benefícios de tecnologias do processador dele, naquela época, cada componente da placa tinha que usar sua própria memória, por exemplo, a placa de som tem uma memória só pra ela, o processador tem uma só pra ele, a gpu tem uma só pra ela, e cada controlador de qualquer merda teria um chip de memória só pra ele. Isso tornava a programação mais trabalhosa, e o sistema todo mais lento, a UMA era uma unificação de tudo em apenas uma memória (podia usar vários chips de memória iguais na placa, mas perante ao software era uma unica grande memória, assim como usamos até os dias de hoje). Ele tinha algo que era bem legal: A possibilidade de adicionar mais memória, usando um acessório, dava pra expandir a memória dele para 9MB, e isso fazia alguns jogos rodarem em resoluções maiores, terem texturas melhores, anti-aliasing, etc...) o problema foi a escolha da tecnologia (o tipo de memória) os engenheiros da Nintendo, escolheram usar rambus RDRAM, esse tipo de memória foi o que quase matou o Pentium 4 quando a intel tentou tornar o novo padrão (graças a Deus, veio o DDR e acabou com aquela putaria), a RDRAM não era assim de todo mal, ela tinha um clock legal de 250mhz, mas pecava feio em tempo de acesso. A Nintendo provavelmente escolheu ela, porque aqueles japonês filha da puta viu que ia custar mais barato o processo de fabricação do console ficaria mais barato, já que a placa precisaria ter apenas 2 layers, e não era necessário um controlador adicional.
Vou exemplificar da seguinte maneira: Na época, tinham as memórias "normais" (EDO, SDRAM) e a RAMBUS diferentona. A rambus era o "Belo Antônio" (o Chad que é brocha), no papel ela parecia superior, e jogava seu calcanhar de Aquiles em baixo do tapete. O tempo de acesso, era tipo assim:
As memórias tradicionais eram como empresas, e que tinham 2 ou 3 office-boys jovens, apesar de serem poucos funcionários, eles são jovens, ágeis, vão e voltam rapidinho. Já a empresa Rambus, tinha 50 office-boys que na verdade, eram a porra de uns contínuos, uns mendigo velho aidético do carai, com os dedos do pé mutilados e que andavam que nem cowboy porque estavam com a cueca sovada de bosta, escorrendo pelas pernas.
A porra da memória era tão lerda, que a maioria dos desenvolvedores optavam por carregar o conteúdo do cartucho pro processador, e faziam uso minimo da memória pra evitar o delay. Essa porra também é a responsável pelas texturas borradas do 64, pois para carregar a tempo, era necessário usar texturas de formato bem pequeno, texturas maiores iriam demorar mais pra carregar -- "Ain, maz era só colocar uma tela de lôdin" -- Não xóven, não estou falando desse carregamento (de leitura de mídia), estou me referindo a transferência de dados do processador para a memória ram, carregar texturas maiores, provavelmente iria resultar em texture flickering, e outros artefatos a cada atualização de quadro. O console tinha poder para carregar texturas maiores, mas não podia usar esse poder por causa da RAM. Quando era necessário usar texturas maiores, como por exemplo aquela vidraça que tem a imagem da princesa na frente do castelo do Mario 64, são na verdade 4 texturas pequenas que formam aquela janela. O rambus MATOU o N64, o pouco que salvou o console, foi o uso de cartuchos, já que o delay pra ler a rom do cartucho era menor que o da ram, e isso nos leva a segunda cagada de engenharia:
A decisão de usar cartuchos. Essa decisão poderia ser fruto dos testes com a rambus, mas não foi. Acontece que os executivos da Nintendo mostraram seus pequenos pipis para a Sony, dizendo que eles que mandam naquela poha, pensando que a Sony iria enfiar o rabo entre as pernas, mas a Sony lançou o PS1 e estuprou o SNES, que fez com que a Nintendo cancelasse seu console de 32bits, e se visse obrigada a ir direto pros 64bits. Porem o que pouca gente sabe, é que quem INVENTOU O CD, FOI A SONY. Sim, CD, a porra do disco compacto, foi criado pela SONY lá na época que sua avó tinha dentes. Isso significava que a Nintendo teria que pagar royalties pra Sony, teria que se humilhar e pedir purfavorzinho pra Sony. Como os executivos da Nintendo eram egocêntricos pra kct, simplesmente optaram por usar os cartuchos. Isso foi uma grande cagada, usar cartucho, significava que os programadores estavam limitados a criarem jogos de apenas 64MB, contra os 500 a 700MB do CDROM das outras plataformas. Na época, a modinha era jogos com filminhos/cutscenes, musica digital do CD, e até mesmo bastante texturas (como os Resident Evil, que são bonecos 3D em um cenário de objetos transparentes, com uma enorme textura de fundo - bom na verdade são pedaços de textura que fazem a tela toda, mas é bastante texturas). A porra dos 64MB foi mais um motivo pra ter texturas borradas no N64, na época não haviam métodos eficientes de compactação de imagem, até o JPG estava engatinhando, a única forma de fazer uma imagem ocupar pouco espaço, era reduzir o tamanho em pixels dela, pra ficar do tamanho de um cu de freira. A vantagem do cartucho, era apenas o carregamento rápido, instantâneo. Nos dias de hoje, um console de cartucho seria como um console com entrada SATA pra meter um SSD com o jogo todo dentro. Só que isso tinha seu preço: A porra do cartucho custava 4x mais que o CD, e esse custo era repassado aos jogadores. O Nintendo 64 ficou cheio de jogos tipo Mario 64, que a voz do personagem é um som barulho repetido, ao invés de um ator dublando o personagem, e quando fala alguma coisa, são frases curtas.
Essas duas cagadas impediram o 64 de ser o "Xbox Clássico" dos anos 90. A Nintendo chegou a sentir dores anais, e tentou projetar um acessório que lia CDs para o N64, mas já era tarde, a Sony já estava trabalhando em um sucessor pro PS1, e a Sega tinha um novo console nas mãos, mais poderoso que o 64.
Foi pensando em como seria o N64 sem essas duas falhas que projetei O Nintendo 64 ideal, e como seriam os jogos e graficos dele.
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